06 fevereiro 2009

Caminho


Poderiam chamá-la de andarilha. Passo firme, olhos quase sempre atentos, pensamento longe... Por andar tão dona de si, caminhava por pura vaidade. Ou, talvez, buscasse encontrar numa esquina ou na travessia um eu perdido. Ou outro, totalmente novo.

Se as canções que acompanham os passos falassem dos pensamentos, seria um andar insano. Mas não é isso. É só um momento de reflexão de si pra si. De um eu que busca além, que acredita ter encontrado seu eixo, mas não quer estar certa disso. Por que, afinal, qual é a graça de saber o caminho?

Caminhar... Tão saudável isso! E mais que saúde, buscava também um reflexo no espelho do mundo, que o simples caminhar faz enxergar.

E o caminho do fim do dia revelava - a cada novo céu - um olhar, uma cena pra ficar na memória (ou só passar), um pensamento revolucionário pra mudar a vida e o mundo.

Desta vez, mudou só o caminho.

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